domingo, 18 de dezembro de 2011

Uma História de Tempos nada Remotos

Ser que viu, sentiu e ouviu
Seres gemendo, gritando e correndo
Campo destroçado, em trapo imundo
E sonhos mil despejados do mundo

Gemiam as ovelhas, gritavam os cordeiros
Contra os Leões erguiam voz de clamor
Carne, sangue, amor e esperança
Entre dentes partidos a tecer a dor

Destemida espada se ergueu então
Saudado soldado, revolucionário
Ser-me-ei este que vos declaro
A se levantar e declamar o brado

Com julgo infinito, banhado em sangue
Destronei
, Destruí, desconstituí,
Atravessada espada que as jubas carregou
De minha mão não saiu em quanto durou

Girei o planeta, reverti o mundo
Decepando milhares, em martírio profundo
Travadas mil guerras, cem mil batalhas
Até que todos retirassem as malhas

Tudo isso, porém, em inesperado acontecimento
Para ver a glória a me ornar em meu alento
Revelando-se nada mais que um fruto do mundo criado
Onde as ovelhas passaram a comer os leões destronados

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