segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Palavras

Palavras, palavras, palavras
Comecei minha poesia... com palavras
Primeiro verso de puras palavras
E para o fim da primeira estrofe... palavras

Muito bem, já me cansei de palavras
Mas como continuar a poesia sem palavras?
Ei de escrever, pelo menos, diferentes palavras
Palavras, paLAvras, PaLaVrAs e pAlAvRaS


E já estamos na terceira estrofe, ainda com palavras
Chegamos no meio do poema, somente com palavras
Já que temos cinco estrofes, estrofes de palavras
Essa é a do meio, meio do poema, poema de palavras

E aproximamos do final, ainda com palavras
Você já está cansado de tantas palavras?
Ora, então porque não escreve sem palavras?
Verás que não é possível, você precisa das palavras

Realmente, precisamos muito das palavras
Mas não de palavras vazias, só palavras
Porque de nada valem sozinhas as palavras
Sem conhecimento, fúteis são as palavras


Iguais, simples, estáticas palavras
Necessárias e Inúteis são as palavras
Mas espere, eu não disse só tinham cinco estrofes nesse poema de palavras?
Ora, meu amigo... foram apenas palavras

Um comentário:

  1. Ainda nenhum comentário...
    Então vou suprir um pouco da minha carência conversando comigo mesmo.
    E eis aí, colega, um poema metalinguístico que gira em torno de três temas:
    1- Significado e Significante
    2- O sentido da Palavra
    3- A utilização da palavra
    E retenho-me a comentar sobre esses pontos para não tirar a oportunidade de decifrar o poema dos possíveis poucos leitores que esse blog pode vir a ter.

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