terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Sinal Azul

E seguindo a estrada
Paro, do nada
E me pergunto, abafadiço
Porque estou fazendo isso?
A minha frente me ponho a olhar
Um sinaleiro, vede!
Verde, amarelo e vermelho
Amarelo, vermelho e verde

No vermelho, os carros se põe a passar
Da esquerda começam a movimentar
Correm que como se não houvesse amanhã
E passam em rapidez vã
Uma esquina, um canal, um passagem
Sim, uma via, sim, enverede
No verde, amarelo e vermelho
Amarelo, vermelho e verde

Para mim, continua vermelho
Nada além de um espelho
Em vez da esquerda a movimentar
Põe-se a direita a passar
E continuam a desprezar a esquina
Em uma infinita, por velocidade, sede
Em verde, amarelo e vermelho
Amarelo, vermelho e verde

Olha, e finalmente o verde apareceu
De trás de mim, o movimento cresceu
Saberdes ser este o sinal da passagem
Mas esta não era a minha viagem
Sim, não consigo prosseguir
Diante de mim, como uma parede
O verde, amarelo e vermelho
Amarelo, vermelho e verde

Os portões voltam-se a fechar
Para um novo ciclo começar
Os primeiros, os últimos se tornando
Os últimos, em primeiros se findando
E esse vai e vem continua
Como a vida, sim, crede
Com verde, amarelo e vermelho
Amarelo, vermelho e verde

E as pessoas continuam a passar
Conhecidos, passam sem parar
E seguem suas vidas, a ignorar
Aquela bela esquina, sem par
Estou cada vez mais acomodado
Como a descansar em uma rede
Vendo verde, amarelo e vermelho
Amarelo, vermelho e verde

Me pergunta então, alguém
O que fazes aí, porém?
Faço o que faz todo o que aqui se posta
À minha hora de seguir, espero resposta
Não está ela, porém, nessas cores
Supérfluas, viciosas, prevede
Esse verde, amarelo e vermelho
Amarelo, vermelho e verde

Aprecio o momento, admiro a esquina
Não hei de seguir outra doutrina
Esperarei sim, pela cor azul
Que indistinguível deixe norte e sul
Que signifique pare, reflita e siga
Que quebre, e o fim provede
Do verde, amarelo e vermelho
Amarelo, vermelho e verde.

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