Consubstanciar-se na vida do homem simples, triste e sério.
Dizer as angustias do operário que sem esperança, da construção, assiste ao ocaso.
E gritar o amor pela vida do menino pobre que corre descalço rumo a fábrica.
O grito de humanidade em tinta e formas limitadamente representadas,
rasga a existência cotidiana, respondendo todas as dúvidas e criando tantas outras.
Destrói a estrutura da rotina, conclama o acaso e zomba do sistema que tenta se impor.
Cria várias possibilidades, propondo assim a mudança, por completo, da realidade.
A literalização da alma, na negação do mundo o reafirma ao contrário.
Quer nos inundar de amor mostrar o verdadeiro e o belo.
E também denunciar o triste, o feio, o injusto, enfim, o real...
Realidade sistêmica que luta e se impõem, inutilmente, contra o lirismo da mudança
Os versos condensados querem expandir em convulsão, destruindo o mundo posto, pela ação.
Então vamos,recite, diga e deixe que verso por verso, palavra por palavra forme-se!
Viva a poesia material, deixe-a formar em seus lábios e materializar-se nos atos e lutas.
E só assim, o texto restrito, agora transcendido, encontra sua forma completa de poema real, revolução."
K. Joseph
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