Ainda sem Nome
Nada é tão simples quanto parece.
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Olá senhor Onisciente
Posso compartilhar um pensamento? A única coisa idiota, ridícula ou imbecil que existe na Terra é a própria existência dessas palavras. Igual a um Pica-pau comendo uma lagarta no tronco de uma árvore seca que está sendo cortada por um homem viúvo.
sábado, 1 de dezembro de 2012
Simples Desejos Simples
Ouça o que os pombos dizem, ouça
Ouça os arrulhos de conselhos tortuosos
Que se erguem infames
Sobre a vossa racionalidade
Uma bicicleta?
Monte-a
Uma torta?
Devore-a
Uma pedra?
Chute-a
Um piolho?
Esmague-o
Cala-te monstruosidade frugal!
Tuas palavras deságuam numa pilha de imundícies
Como uma pequena faísca que sacia a escuridão
Em seu brilho fútil a martelar um vício decrépito e incolor
Iluminando só o necessário, humano.
Amordacem esse pombo!
Mostrem a ele o que uma explosão pode fazer!
Revelem-lhe as chamas
E elas lho revelarão a vida!
Ouça os arrulhos de conselhos tortuosos
Que se erguem infames
Sobre a vossa racionalidade
Uma bicicleta?
Monte-a
Uma torta?
Devore-a
Uma pedra?
Chute-a
Um piolho?
Esmague-o
Cala-te monstruosidade frugal!
Tuas palavras deságuam numa pilha de imundícies
Como uma pequena faísca que sacia a escuridão
Em seu brilho fútil a martelar um vício decrépito e incolor
Iluminando só o necessário, humano.
Amordacem esse pombo!
Mostrem a ele o que uma explosão pode fazer!
Revelem-lhe as chamas
E elas lho revelarão a vida!
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Wind Walls
You may see
through it’s bricks
You might smell through it’s parts
You can extend your hand and touch what’s inside
But you can’t do it, do you?
You refuse to go through
When there’s nothing stopping you
Do you know what’s ahead?
A Wind Wall, small head
You might smell through it’s parts
You can extend your hand and touch what’s inside
But you can’t do it, do you?
You refuse to go through
When there’s nothing stopping you
Do you know what’s ahead?
A Wind Wall, small head
It’s just wind, it’s just air
You can feel with your hair
But you can’t go through it, can you?
It’s still a Wall
Man, look to the leaves flying
Passing through that wall
You can see, there’s no problem
But you don’t care at all
The Wind Wall has been built
We looked for the culprit
But, as we proceeded
No one was found guilty
What's wrong with the world?
What's right about the word?
Do you see what's the problem here?
It's the Wall or the one who sees it?
You can feel with your hair
But you can’t go through it, can you?
It’s still a Wall
It’s still a Wall
Is it a Wall?
Obs: É uma música
sábado, 3 de novembro de 2012
Resumo da Tese do Cubo Espelhado
O que é a vida? Ora, mas como poderia eu definir a vida sem
antes saber dizer o que é o ser humano? Porque a vida está condicionada ao modo
de ver desse tipo de ser. E por quê? Porque é um ser humano que está perguntando,
ora! E a vida, para mim, não está além de tudo que posso conceber e captar.
Como o célebre filme Matrix nos vem a recordar, podemos ser todos prisioneiros
de uma realidade criada, confinados a nossa própria mente. Na verdade, como não
haveria de ser assim?
Voltemos então à pergunta numa reformulação mais condizente: o que é o ser humano? O que é sua consciência? Hora, se os entraves da minha mente não fizeram danos a meu juízo, estou calcado em minha experiência e firme em meu intelecto para tecer a informação dubiamente paradoxal de que a vida, ou o ser humano, é um cubo espelhado. Isso mesmo, uma forma geométrica espacial oca cujas paredes interiores refletem a luz do conhecimento. Nossa mente, nossa concepção, nossa vida, é como o interior desse cubo. Estamos presos? Olhe para dois espelhos paralelos e me diga. Você vai presenciar o infinito. Isso mesmo, como o universo, uma dimensão sem fronteiras. E, voltando à alegoria, perceberá que o próprio infinito é essa fronteira. O limiar de sua mente é sua capacidade infinda (ou não). A capacidade de conhecer é subordinada ao conhecimento obtido, e não ao contrário. Você acha que é infinito justamente porque não é. E isso é tanto uma alegoria fictícia ao Universo como mostra a capacidade de conhecimento humano. Você nunca saberá o que não conhece, o que está fora do cubo – mesmo que reconheça que não saiba pela infinitude ilusória a ti posta pelo seu próprio conhecimento. Você nem tem ideia do que você mesmo admite não saber - você acha que o que não conhece é o infito do reflexo, mas não é. Você não tem a capacidade. É como tentar imaginar a quarta dimensão ou uma cor que nunca tenha visto. Só que é bem mais geral e, de certa forma, menor que esses exemplos ilustrativos. Está em cada processo de raciocínio, cada dedução inconsciente que sua mente faz, cada pensamento que te passa despercebido. Daí questionam-se as perguntas: "Como você não pensou nisso?" ou "Por que tinha este fato com tanta convicção? Por que não o questionou?" Você não podia. Não passou pela sua cabeça fazê-lo por causa seu próprio conhecimento que lhe é limitante. Você enxergava a completude e infinitude das possibilidades presas àquele fato - só podia raciocinar, ainda que de infinitas maneiras, baseado naquele pensamento. Até que algo veio a lhe despertar a atenção para a natureza daquele espelho, para a inconsistência daquele fato, e ele se quebrou, fazendo com que você percebesse que seu infinito era limitado. E se pôs diante de você uma nova parede espelhada.Você é um cubo espelhado em que as paredes estão constantemente se quebrando e cedendo lugar para outras. Mas todas espelhos. Todas te limitam a eles mesmos, ainda que pareçam infinitas. Mas diria eu que passei de um exemplo extremo (quarta dimensão) a um simplório (fatos específicos). O verdadeiro cerne da questão está nas prisões mentais a que cada ser humano está confinado, o limite de seu raciocínio, cujo maior expoente encarceirador é a linguagem. Não pensamos fora dos significados condicionados à nossa língua. Assim como não costumamos pensar fora de um padrão de consciência social. Não vemos por trás daquele espelho, porque não parece ter espelho - é simplesmente o infinito, e parece completo em si mesmo. Até que algo por trás do espelho é demonstrado ao conhecedor, e ele é quebrado. Mas sempre como novos espelhos atrás, novas limitações de pensamentos - ninguém jamais estará livre do falso infinito. E quem dirá que estou errado? Ou quem dirá que estou certo? Nem eu mesmo posso dizer, porque minha teoria depõe contra a própria autenticidade, se pensares bem. De fato, isso levanta a questão: como pude eu perceber que sou um cubo espelhado, se estou condicionado a esse mesmo paradoxo? Penso eu (vide, nem certeza sobre isso tenho, mas acredito) que é de se ver cubos menores. Universos de conhecimento mais limitados, de forma a caberem dentro do meu cubo e poderem ser analisados de um ângulo externo. Como uma criança, ou mesmo um bebê. Creio que tive a capacidade de ver que são eles esses cubos, então pude olhar para minha própria situação e encontrar a semelhança. Talvez por aí tenham cubos espelhados maiores que consigam me ver de longe e enxergar o que não enxergo, como minhas próprias limitações. E maiores que eles. E maiores. E onde isso vai parar? Quem há de saber? Porque, mesmo que seja infinito, quem provará que não é somente outro cubo espelhado?
Voltemos então à pergunta numa reformulação mais condizente: o que é o ser humano? O que é sua consciência? Hora, se os entraves da minha mente não fizeram danos a meu juízo, estou calcado em minha experiência e firme em meu intelecto para tecer a informação dubiamente paradoxal de que a vida, ou o ser humano, é um cubo espelhado. Isso mesmo, uma forma geométrica espacial oca cujas paredes interiores refletem a luz do conhecimento. Nossa mente, nossa concepção, nossa vida, é como o interior desse cubo. Estamos presos? Olhe para dois espelhos paralelos e me diga. Você vai presenciar o infinito. Isso mesmo, como o universo, uma dimensão sem fronteiras. E, voltando à alegoria, perceberá que o próprio infinito é essa fronteira. O limiar de sua mente é sua capacidade infinda (ou não). A capacidade de conhecer é subordinada ao conhecimento obtido, e não ao contrário. Você acha que é infinito justamente porque não é. E isso é tanto uma alegoria fictícia ao Universo como mostra a capacidade de conhecimento humano. Você nunca saberá o que não conhece, o que está fora do cubo – mesmo que reconheça que não saiba pela infinitude ilusória a ti posta pelo seu próprio conhecimento. Você nem tem ideia do que você mesmo admite não saber - você acha que o que não conhece é o infito do reflexo, mas não é. Você não tem a capacidade. É como tentar imaginar a quarta dimensão ou uma cor que nunca tenha visto. Só que é bem mais geral e, de certa forma, menor que esses exemplos ilustrativos. Está em cada processo de raciocínio, cada dedução inconsciente que sua mente faz, cada pensamento que te passa despercebido. Daí questionam-se as perguntas: "Como você não pensou nisso?" ou "Por que tinha este fato com tanta convicção? Por que não o questionou?" Você não podia. Não passou pela sua cabeça fazê-lo por causa seu próprio conhecimento que lhe é limitante. Você enxergava a completude e infinitude das possibilidades presas àquele fato - só podia raciocinar, ainda que de infinitas maneiras, baseado naquele pensamento. Até que algo veio a lhe despertar a atenção para a natureza daquele espelho, para a inconsistência daquele fato, e ele se quebrou, fazendo com que você percebesse que seu infinito era limitado. E se pôs diante de você uma nova parede espelhada.Você é um cubo espelhado em que as paredes estão constantemente se quebrando e cedendo lugar para outras. Mas todas espelhos. Todas te limitam a eles mesmos, ainda que pareçam infinitas. Mas diria eu que passei de um exemplo extremo (quarta dimensão) a um simplório (fatos específicos). O verdadeiro cerne da questão está nas prisões mentais a que cada ser humano está confinado, o limite de seu raciocínio, cujo maior expoente encarceirador é a linguagem. Não pensamos fora dos significados condicionados à nossa língua. Assim como não costumamos pensar fora de um padrão de consciência social. Não vemos por trás daquele espelho, porque não parece ter espelho - é simplesmente o infinito, e parece completo em si mesmo. Até que algo por trás do espelho é demonstrado ao conhecedor, e ele é quebrado. Mas sempre como novos espelhos atrás, novas limitações de pensamentos - ninguém jamais estará livre do falso infinito. E quem dirá que estou errado? Ou quem dirá que estou certo? Nem eu mesmo posso dizer, porque minha teoria depõe contra a própria autenticidade, se pensares bem. De fato, isso levanta a questão: como pude eu perceber que sou um cubo espelhado, se estou condicionado a esse mesmo paradoxo? Penso eu (vide, nem certeza sobre isso tenho, mas acredito) que é de se ver cubos menores. Universos de conhecimento mais limitados, de forma a caberem dentro do meu cubo e poderem ser analisados de um ângulo externo. Como uma criança, ou mesmo um bebê. Creio que tive a capacidade de ver que são eles esses cubos, então pude olhar para minha própria situação e encontrar a semelhança. Talvez por aí tenham cubos espelhados maiores que consigam me ver de longe e enxergar o que não enxergo, como minhas próprias limitações. E maiores que eles. E maiores. E onde isso vai parar? Quem há de saber? Porque, mesmo que seja infinito, quem provará que não é somente outro cubo espelhado?
terça-feira, 14 de agosto de 2012
Histórias sobre um final
Loucura é temer o fim
Insurpreso, acostumado enfim
Em quebras que se fazem jasmim
Em quebras que se fazem jasmim
Carbonos e diamantes sem fim
Nada o que temer, se é que compreendes
O início, sim, é que não entendes
Não o vê em performance deslumbrante
Somente em agouros de um bebê berrante
O início, sim, é que não entendes
Não o vê em performance deslumbrante
Somente em agouros de um bebê berrante
O decaimento final das rosas
As rosas pálidas e frias
As rosas pálidas e frias
Derrubai os muros!
Mas não consternai os sorrisos
Mas não consternai os sorrisos
Quebrai o romance inacabado
Mas deixe acabar o findado
Deixar morrer! Deixai terminar!
E não se esqueças de amar!
E não se esqueças de amar!
Lirismo de um fim
O fim não cessa
Não vacila, se começa
O fim estará por vir
Para sempre, em devir
Não vacila, se começa
O fim estará por vir
Para sempre, em devir
Não que não seja bela
A queda da última folha da árvore
Mas o ramo que ali ficou
Não se alegra nela
A queda da última folha da árvore
Mas o ramo que ali ficou
Não se alegra nela
Somos frutos de um fim
E por fim, entende-se tudo
Tudo o que fala ou que é mudo
Portanto, não há nada do que se gabar
E nada que reclamar
Somente fazer durar
E por fim, entende-se tudo
Tudo o que fala ou que é mudo
Portanto, não há nada do que se gabar
E nada que reclamar
Somente fazer durar
domingo, 1 de julho de 2012
Sonhos, Visões
Não se sonha com o que se vê
O que é sonhado jamais se viu
Se houvesse visto, era visão, não sonho
Visões são reais; sonhos são sonhos
O que é sonhado jamais se viu
Se houvesse visto, era visão, não sonho
Visões são reais; sonhos são sonhos
Vejo que sonho
Nada que vi, apenas sonhei
Se vi que sonho, mas sonho não se vê
Sonhei que vi, não vi, mas sonhei
Nada que vi, apenas sonhei
Se vi que sonho, mas sonho não se vê
Sonhei que vi, não vi, mas sonhei
Em meu sonho, vi o que era sonho
Nas visões, sonhei o que não vi
Vejo em sonho; sonho em visão
Mas sonho é sonho; visão é visão
Nas visões, sonhei o que não vi
Vejo em sonho; sonho em visão
Mas sonho é sonho; visão é visão
Não se sonha com visões
Não se vê sonhos
Ver é direto
Sonhar, indireto
Não se vê sonhos
Ver é direto
Sonhar, indireto
Visões machucam
Pois veem a realidade
Sonhos alegram
Pois sonham a não-realidade
Pois veem a realidade
Sonhos alegram
Pois sonham a não-realidade
O problema é quando sonhos se tornam visões
Como saber se vê ou se sonha?
Que sonho é esse que se vê
Ou será que o que se via se tornou sonho?
Como saber se vê ou se sonha?
Que sonho é esse que se vê
Ou será que o que se via se tornou sonho?
Afinal, que é sonhar?
Que é ver?
Veja, pois, este sonho
Ou sonhe, então, esta visão?
Que é ver?
Veja, pois, este sonho
Ou sonhe, então, esta visão?
Mas uma coisa se vê
Sem dúvida, isso mesmo se sonha
Que o sonho, após sonhado, quando se vê
Derruba sonho, visão
E tudo mais do ser
Sem dúvida, isso mesmo se sonha
Que o sonho, após sonhado, quando se vê
Derruba sonho, visão
E tudo mais do ser
Assinar:
Postagens (Atom)