Não se sonha com o que se vê
O que é sonhado jamais se viu
Se houvesse visto, era visão, não sonho
Visões são reais; sonhos são sonhos
O que é sonhado jamais se viu
Se houvesse visto, era visão, não sonho
Visões são reais; sonhos são sonhos
Vejo que sonho
Nada que vi, apenas sonhei
Se vi que sonho, mas sonho não se vê
Sonhei que vi, não vi, mas sonhei
Nada que vi, apenas sonhei
Se vi que sonho, mas sonho não se vê
Sonhei que vi, não vi, mas sonhei
Em meu sonho, vi o que era sonho
Nas visões, sonhei o que não vi
Vejo em sonho; sonho em visão
Mas sonho é sonho; visão é visão
Nas visões, sonhei o que não vi
Vejo em sonho; sonho em visão
Mas sonho é sonho; visão é visão
Não se sonha com visões
Não se vê sonhos
Ver é direto
Sonhar, indireto
Não se vê sonhos
Ver é direto
Sonhar, indireto
Visões machucam
Pois veem a realidade
Sonhos alegram
Pois sonham a não-realidade
Pois veem a realidade
Sonhos alegram
Pois sonham a não-realidade
O problema é quando sonhos se tornam visões
Como saber se vê ou se sonha?
Que sonho é esse que se vê
Ou será que o que se via se tornou sonho?
Como saber se vê ou se sonha?
Que sonho é esse que se vê
Ou será que o que se via se tornou sonho?
Afinal, que é sonhar?
Que é ver?
Veja, pois, este sonho
Ou sonhe, então, esta visão?
Que é ver?
Veja, pois, este sonho
Ou sonhe, então, esta visão?
Mas uma coisa se vê
Sem dúvida, isso mesmo se sonha
Que o sonho, após sonhado, quando se vê
Derruba sonho, visão
E tudo mais do ser
Sem dúvida, isso mesmo se sonha
Que o sonho, após sonhado, quando se vê
Derruba sonho, visão
E tudo mais do ser