E sorrimos para o dia
Alicerçando num sorriso a tristeza
Para não se levante, o capataz, em ira
Julgando descontentamento, em certeza
Inflamados espíritos se contorcem
Clamando, em desalento
Através de um leve movimento
Para o mar, para a terra, para o vento
Não sabeis aquilo ser um aceno
Sim, aquele mesmo gesto ameno
Para o Condor que passa em levante
Chega, olha, e passa adiante
Não há dor mais sofrida
Que a em quase construída
Não há repressão que mais dolorida se faça
Que aquela acompanhada de uma mordaça
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